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Ni​ñ​os Heroes

by Negro Leo

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1.
Niños Heroes As velocidades rápidas estão cheias de nexos policiais Imagens brutas do tempo do glifosato e do krokodil A terra é lenta demais para o computador: Sic transit gloria mundi A Grécia falhou com os desajustados O presidente falhou com os desajustados O governador falhou com os desajustados O prefeito falhou com os desajustados A religião falhou com os desajustados A filantropia falhou com os desajustados Menores desajustados Num lugar onde as pessoas estão bestas Com a temível confiança qu' As máquinas depositam em si mesmas E vão morrendo Como se deus não Tomasse parte nesse mercado de expectativas
2.
3.
Rincón Poblano Prenhe feito uma piñata cheia de épicas criaturas do mundo cultivadas no teatro psicológico do noticiário policial natimortas na praia do sonho hippie, Eu, mulher pobre, vilipendiada pelo glifosato desorientada nesse mistifório de velocidades sexuais conveniências televisivas cotação de comoditties No final de semana da história Vou poder comer frango refrigerado (Né mole)
4.
pulque 00:59
5.
Tim wasn't there open this door open this fucking door maybe they're thinking i'm a terrorist i'm gonna kill them ... your neighborhood sucks
6.
warm love 01:27
Warm Love Love is a busy nite
7.
Memória do Google a educação que angustia a tdxs os coraçõezinhos totalitários eternece
8.
Bebês fantasmas das guerras dormindo Bebês fantasmas das guerras dormindo
9.
Não são ciclopes Lá fora, nem eu nem ela sabíamos, comemora-se o Cosme e Damião As crianças podem comer doces, eu digo, conquanto conheçam os processos de sua economia (vê-se que a esquerda é uma quimera) A moçada está conformada no ritmo Mas pode surpreender Não são ciclopes.
10.
toqsean 01:28
11.
Nosso coração é uma cloaca A gente faz essas coisas todas por dinheiro Vocês mal tem consciência de quanto dinheiro Vossos coraçõezinhos arritmados Pela urgência do nosso gigantesco dinheiro O nosso coração é uma cloaca Vamos acabar até com a graminha que urdimos pra enganar os otários nos parques tomando um sol vamos colocar os soldados em marcha vai haver enchente e falta d'água [preparem-se] porque o nosso coração é uma cloaca
12.
taaig 02:29
13.
Satélites Ociosos Amor vc não viu se a casa tava em ordem Vc não reparou que a memória estava em outro patamar é que drogas no deserto viram totens vegetais vão se arrastar em frente a uma gôndola de garrafas d'água a tv só fala d'água falam acima d'água ter surpresa é bom ter receber teu beijo na tv (n) ah! tv
14.
Centenas de vezes um corpo Horas e horas em silêncio até que os urubus passeiem tranquilos no meu padê e o vulto tome rumo, o menino, o corpo, o cadáver, a relação de parentesco. Tinha uma mãe de santo comportamento resignada diante do mandamento, mais pela tristeza de sozinha que a libido não aguenta tanta pilha e a genética mapeou a transmissão de atributos morais, converteu o amor na genitália do povo, imitou o tesão das crianças pra quebrar a maldição do português afoito.
15.
Na vala abjeta das conformidades O combustível cosmético-comestível-mixagem genética, expectativa de vida de gente no Brasil é uma chance de calouro Mirações bestiais, fins de eras intenet, afasia, mayday total da viagem Noite e dia Outra coisa que pode virar além do fedor por todo lado do outro lado do cemitério ainda urge lucrar: carne de cachorro mortos célebres enrabados no necrotério
16.
outra vibe 01:08
Outra vibe - olha gata, a complicação é a seguinte: eu não tenho onde morar e vc mora na sua casa lisa - e vc não vai se encontrar pra morar num sítio na serra ali (...) tá no jornal eu sei (...) não sei não, cara, deixa isso - olha gata, a verdade é qu'eu virei a mesa - não é vida não, santo - não é lá mau pagamento
17.
vrau vrau 01:50
18.
pilha errada 00:46
19.
oooh! baby 01:53
oooh! Baby O calor educa rude planejamento obsolescente o futuro q nem a praia acode, amolece tudo oh! baby ternura mesmo era no tempo do precariado analfabeto no canavial q a gente se distraia com política nos finais de semana era no tempo em q se fodia na pele era no tempo em q a gente fodia na pele como a cor nao pegava Monteiro Lobato, Mulato Inzoneiro se davam bem à beça, se davam bem mas hoje a fome enleva o bucho estado de natureza matar ou morrer a comida acabou a comida
20.
hey steven 02:32
21.
22.

credits

released September 21, 2015

Produzido por Felipe Zenícola Eduardo Manso Thomas Harres Negro Leo Todas as músicas de Thomas Harres Felipe Zenícola Eduardo Manso Negro Leo Todas as letras de Negro Leo Colaboradores Marcos Campello guitarra (4 12 17) Paulo Dantas sax alto (8 20) Arthur Lacerda guitarra (21) e Alexander Zhemchuznikov sax tenor (8 20) Gravado por Renato Godoy Thomas Harres e Felipe Zenícola nos Estúdio Marini Estúdio Massa Audio Rebel e Rumori Mixagem Renato Godoy Arte da capa e arte final Lucas Pires Agradecimentos Maurício Calmon Ava Rocha Letícia Brito Pedro Azevedo Paco Barba Ricardo Pitta Quintavant Audio Rebel Kassin Selo QTV



O cardápio posto: todos nós falhamos nesse mercado de expectativas. Revolver tudo, do buraco fundo até o talo da vida. Rasgar os códigos, flutuar nas bocas, lamber as feridas e forçar a barra. Além da canção, da história, da conveniência, da conivência, do sorriso de comercial, da melodia feliz e boçal, do refrão corta e cola. Mesmo assim, não se convença de imediato que aqui há algo que nos afaste. Ao contrário: o abismo nos namora, nos seduz, nos degola e nos salva. É preciso que se cave. É preciso cavar a si. São vinte e duas músicas cujos arranjos e montagens perfuram feito estilete, em estocadas rápidas e cortes profundos. Quando nos tocamos, já fomos trespassados e só podemos deixar sangrar. Mas o sangue, o fogo, Deus, a morte, o sexo, a língua, o mercado, tudo está aí para ser despedaçado com os dentes da nossa miséria e da nossa opulência. Sambas tortos, freejazz, afronoises, rocks espaciais, ataques sonoros furiosos, improvisações e embates de guitarras, baterias, teclados, pedais, baixos, efeitos, máquinas, ruídos, metais, percussões e a voz. O disco é um passeio pela terra pós-colapso dos sentidos. O que acontece hoje na cidade não é uma tragédia, mas um renascimento. Estamos nos comendo por dentro, nos reinventando como os bebês fantasmas da guerra dormindo. Visões além do alcance, fundando o heroísmo possível, o atletismo raquítico, a saúde fina como punhal. Estamos em cima de uma pirâmide, estamos no palco de um país fascista, estamos dentro de uma bairro imigrante na Europa canina, estamos no seio da vida amorfa de uma bolsa de valores. A música nos pertence. Preparem-se: o nosso coração é uma cloaca!
Fred Coelho


tumultuário salto no encalço do asfalto: motes e motores atroam tácteis horrores: fenda fúria d fazer ruir: som sem sono d som sem dono lambendo d fome os alicerces do espanto
Tazio Zambi

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